Lunda Tchokwe

Os Tchokwe / Chokwe desfrutam de uma admirável tradição de esculpir máscaras, esculturas e outras figuras. A sua arte inventiva e dinâmica, é representativa das várias facetas inerentes a sua vida comunitária, dos seus contos míticos e dos seus preceitos filosóficos. As suas peças de arte gozam de um papel predominante em rituais culturais, representando a vida e a morte, a passagem para a fase adulta, a celebração de uma colheita nova ou ainda o início da estação de caça. O nome Tshokwe apresenta algumas variantes (Tchokwe, Chokwe, Batshioko, Cokwe) e, entre os portugueses, ficaram conhecidos por Quiocos . "Nesta pagina podemos usar qualquer variante do nome Tshokwe (acima referido)"

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Tradutor/Translation

quinta-feira, 24 de março de 2011

Povo Luba



Os lubas ocupam áreas diferentes entre o alto Kasai e o lago Tanganica no Sul da República Democrática do Congo. As suas tradições falam de Kongolo como o chefe que os conduziu até à sua actual localização no início do séc. XVI. Ao chegar, venceu vários povos e fundou o que se designa como Primeiro Império.
Kongolo foi assassinado pelo seu sobrinho Kalala Ilunga, que se impôs a todos os rivais e alargou o seu poder, nos finais do mesmo século, às comarcas do Sudoeste. Constituiu, então, o chamado Segundo Império, que, porém, caiu em desgraça logo de seguida, desintegrando-se devido às lutas no seio da dinastia, aos assassínios e aos suicídios.
O ressurgimento dos lubas aconteceu durante o séc. XVIII através do rei Ngombo, que, nas suas campanhas bélicas, conquistou as margens do rio Tanganica. Todavia, seguiu-se um novo período de lutas internas e de divisões, que foi aproveitado por outros povos para os atacar. Com a chegada dos belgas, a Confederação Luba foi desfeita no séc. XIX.

População

O reino luba era composto pelos membros deste povo por linhagem directa, pelos povos subjugados nas guerras, os quais faziam um contrato com o rei, e pelos escravos. A realeza fundava-se no conceito de hulopwe, ou seja, numa qualidade sagrada que se trazia no sangue e que se transmitia pela linha masculina. Esta qualidade concedia ao monarca um direito divino, uma autoridade absolutista e poderes sobrenaturais.
Kongolo, o primeiro rei, é venerado como um semideus. É representado sob a forma de uma serpente pitão. Os lubas crêem, ainda, num deus criador, Da, que no princípio organizou todo o universo e depois desligou-se dele. Da mostra o seu poder e a sua potencia no arco-íris.
O conjunto das famílias formava a aldeia e, por sua vez, o conjunto destas constituía uma província. Todavia, esta estrutura sólida do “império luba” dificultava a manutenção da unidade entre as diferentes famílias e, consequentemente, debilitava a consolidação da nação. O que manteve o fulgor do império foi a língua e os aspectos culturais. O idioma dos lubas estendeu-se a toda a zona meridional da República Democrática do Congo e ao norte da Zâmbia. E o estilo artístico dos lubas influenciou outros povos que tiveram contacto com eles.
O poder político luba dependia da condição do rei. Se este mantinha o prestígio, os povos subjugados pagavam o tributo. Se, pelo contrário, a boa fama dele se debilitava, os povos lançavam-se na conquista da sua autonomia.
Em 1960, quando o Congo conseguiu a independência da Bélgica, o povo luba é confrontado com os movimentos internos também independentistas de Katanguenha e, sobretudo, de Kasai, em que o dirigente político Kalondji se autoproclamou imperador dos lubas. Estes dois movimentos foram anulados pela intervenção dos “capacetes-azuis” da ONU.


Artistas do cinzel
Os lubas são classificados como os mais hábeis mestres do cinzel. Eles esculpem uma das artes mais belas e harmoniosas de África. O seu sentido inato de estética não se circunscreve só ao mundo dos artistas e ao círculo dos cortesãos e nobres, mas a todas as categorias sociais. Trabalham basicamente a madeira e o tema preferido é a mulher, cujo rosto, traçado de forma suave, fluida e proporcionada, evoca um naturalismo idealizado.

Fonte: audacia.org/cgi-bin/quickregister






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