Os Tchokwe são polígamos. O seu primeiro casamento é normalmente arranjado pelas famílias (assoko) que unem de preferência primos cruzados. O "preço da noiva" (cihako) é mínimo. Antigamente, era uma enxada, um prato, um bocado de pano ou outras pequenas coisas. A primeira esposa guarda durante toda sua vida o estatuto de esposa principal. Ela assume preponderância sobre as e conhece todos os segredos do seu marido. Ajuda-o na celebração dos ritos religiosos.
Assim, a esposa principal de um chefe de região (mwanangana), denominado namata ou mwata mwari, que não tivesse a seu cargo nenhum trabalho material, participava nas cerimónias de investidura. Estas acabavam pelo acasalamento ritual dos esposos, assegurando desta forma a chefatura a fecundidade de todo o género (filhos, colheitas, caça).
Do coito, que simboliza o casamento. As relações sexuais são vistas por este povo como uma dança, aprendida pelas adolescentes na altura dos ritos de iniciação. Referimos que a posição ideal dos esposos era deitados de lado. Mas claro que conhecem outras, como sugerem algumas esculturas que ornamentam as cadeiras.Uma vez que casamento (kumbata pwo) é arranjado pelas famílias, entre primos cruzados, os noivos conhecem-se, em princípio, desde há muito tempo. São excluídas as uniões entre primos paralelos, filhos de dois irmãos ou de duas irmãs; são igualmente permitidas, e mesmo desejadas, as uniões entre musonhy, filho do irmão da mãe ou filha da irmã do pai e vice-versa. Vimos que, aquando das primeiras relações sexuais, os recém-casados devem ficar satisfeitos um com o outro.
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