Dinastia Samacaca
A dinastia dos Samacaca data de 1928, tendo como figura mais relevante o mais velho Txiwessela Samacaca. Nessa altura, o bairro estava localizado na zona do Camatundo, na circunscrição do Ritenda.
A população é proveniente da Mussumba do Mwatyanvua, fazendo parte do processo de emigração como resultado da desagregação do império Lunda-Tchokwe, no final do século XIX, tendo Samacaca ocupado as terras que actualmente habita.
Em 1968, com a reorganização dos bairros pelo poder colonial, o soba Samacaca foi transferido da zona de Camatundo para o actual local. Partilha o poder tradicional com 16 sobetas, da sua linhagem e está enquadrado na regedoria de Satchindongo.
Até aos dias de hoje já foram investidos mais três sobas, Muatxissengue Samacaca, em 1968, José Miranda Samacaca, em 1983, e actualmente Francisco Mutxingue Samacaca, investido em 2004.
O soba Francisco Mutxingue Samacaca revela que o segredo da liderança no seu bairro passa pela honestidade, seriedade e responsabilidade na solução dos diferentes problemas que é chamado a mediar na sua comunidade.
“Sempre que há um problema, eu ajudo a encontrar uma solução, mas não o faço sozinho, chamo os outros mais velhos do bairro, que têm sido muito prestativos. Acabamos por resolver os problemas sem magoar ninguém, sem sangue, nem ofensas”, disse.
Lunda Tchokwe
Os Tchokwe / Chokwe desfrutam de uma admirável tradição de esculpir máscaras, esculturas e outras figuras. A sua arte inventiva e dinâmica, é representativa das várias facetas inerentes a sua vida comunitária, dos seus contos míticos e dos seus preceitos filosóficos. As suas peças de arte gozam de um papel predominante em rituais culturais, representando a vida e a morte, a passagem para a fase adulta, a celebração de uma colheita nova ou ainda o início da estação de caça. O nome Tshokwe apresenta algumas variantes (Tchokwe, Chokwe, Batshioko, Cokwe) e, entre os portugueses, ficaram conhecidos por Quiocos . "Nesta pagina podemos usar qualquer variante do nome Tshokwe (acima referido)"
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